68 % das medalhas brasileiras
foram alcançadas por militares nos Jogos Olímpicos da Rio 2016, dos 465 atletas
brasileiros, 145 eram militares. Exemplos disso são os sargentos da Marinha Rafaela Silva (ouro no judô), Mayra
Aguiar (bronze no judô), Robson Conceição (ouro no boxe), Martine Grael e
Kahena kunze (ouro na vela), Alison e Bruno (ouro no vôlei de praia) e Ágatha e
Bárbara (prata no vôlei de praia); os sargentos do Exército Felipe Wu (prata no
tiro esportivo), Poliana Okimoto (bronze na maratona aquática) e Rafael Silva
(bronze no judô); e os sargentos da Força Aérea Arthur Nory (bronze na
ginástica artística), Maicon Siqueira (bronze no taekwondo), Arthur Zanetti
(prata na ginástica artística) e Thiago Braz (ouro no atletismo).
Mas ao
que se deve isto?
Existem
alguns programas que incentivam a prática desportiva para os participantes das
Forças Armadas, porém nem todos os atletas‘’militares’’ seguem carreira ou vida
militar e atuam como forma de propaganda ou buscando rendimento próprio. Entre
os programas brasileiros, o principal destaque é o Programa de Atletas de Alto
Rendimento (PAAR).
PAAR
(Programa de Atletas de Alto Rendimento) :
Criado, em 2008, com o
objetivo de fortalecer a equipe militar brasileira em eventos esportivos de
alto nível. O alistamento é feito de forma voluntária e o processo de seleção
leva em conta os resultados dos atletas em competições nacionais e
internacionais. Dessa forma, as medalhas já conquistadas na carreira
transformam-se em pontuações nos concursos para preenchimento das vagas. A
partir daí, os atletas têm à disposição todos os benefícios da carreira, como
soldo, 13º salário, plano de saúde, férias, direito à assistência médica,
incluindo nutricionista e fisioterapeuta, além de disporem de todas as
instalações esportivas militares adequadas para treinamento. As delegações de
atletas militares do país participam com regularidade de campeonatos do
Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM) e da União Desportiva Militar
Sul-americana (UDMSA).
O Brasil não é único país que
incentiva militares à pratica desportiva e, um dos maiores destaques em
incentivos aos militares é o Estados Unidos que é conhecido por incentivar a
prática desportiva até mesmos aos estudantes que podem ganhar benefícios como
bolsas universitárias integrais.
Há órgãos como o CISM (Conselho
Militar Internacional dos Esportes) que organiza os Jogos Mundiais Militares
que não é um incentivo em si, porém, os atletas militares medalhistas
brasileiros podem usar dele como pontuação para o processo seletivo do PAAR,
além de gerar reconhecimento aos atletas