domingo, 11 de setembro de 2016

SSAMAA

              68 % das medalhas brasileiras foram alcançadas por militares nos Jogos Olímpicos da Rio 2016, dos 465 atletas brasileiros, 145 eram militares. Exemplos disso são os sargentos da Marinha Rafaela Silva (ouro no judô), Mayra Aguiar (bronze no judô), Robson Conceição (ouro no boxe), Martine Grael e Kahena kunze (ouro na vela), Alison e Bruno (ouro no vôlei de praia) e Ágatha e Bárbara (prata no vôlei de praia); os sargentos do Exército Felipe Wu (prata no tiro esportivo), Poliana Okimoto (bronze na maratona aquática) e Rafael Silva (bronze no judô); e os sargentos da Força Aérea Arthur Nory (bronze na ginástica artística), Maicon Siqueira (bronze no taekwondo), Arthur Zanetti (prata na ginástica artística) e Thiago Braz (ouro no atletismo).
               Mas ao que se deve isto?
               Existem alguns programas que incentivam a prática desportiva para os participantes das Forças Armadas, porém nem todos os atletas‘’militares’’ seguem carreira ou vida militar e atuam como forma de propaganda ou buscando rendimento próprio. Entre os programas brasileiros, o principal destaque é o Programa de Atletas de Alto Rendimento (PAAR).
                  PAAR (Programa de Atletas de Alto Rendimento) :
                  Criado, em 2008, com o objetivo de fortalecer a equipe militar brasileira em eventos esportivos de alto nível. O alistamento é feito de forma voluntária e o processo de seleção leva em conta os resultados dos atletas em competições nacionais e internacionais. Dessa forma, as medalhas já conquistadas na carreira transformam-se em pontuações nos concursos para preenchimento das vagas. A partir daí, os atletas têm à disposição todos os benefícios da carreira, como soldo, 13º salário, plano de saúde, férias, direito à assistência médica, incluindo nutricionista e fisioterapeuta, além de disporem de todas as instalações esportivas militares adequadas para treinamento. As delegações de atletas militares do país participam com regularidade de campeonatos do Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM) e da União Desportiva Militar Sul-americana (UDMSA).
                O Brasil não é único país que incentiva militares à pratica desportiva e, um dos maiores destaques em incentivos aos militares é o Estados Unidos que é conhecido por incentivar a prática desportiva até mesmos aos estudantes que podem ganhar benefícios como bolsas universitárias integrais.

              Há órgãos como o CISM (Conselho Militar Internacional dos Esportes) que organiza os Jogos Mundiais Militares que não é um incentivo em si, porém, os atletas militares medalhistas brasileiros podem usar dele como pontuação para o processo seletivo do PAAR, além de gerar reconhecimento aos atletas